Tuesday, November 13, 2007

Prazer de ler



Nem sempre fui muito dado à leitura durante a minha infância, talvez porque passasse demasiado tempo a ver televisão ou a jogar enquanto criança fascinada pela tecnologia. Trata-se de uma situação comum à minha geração, um resultado directo da existência de tantas outras distracções rápidas e mais acessíveis: de que podia, afinal, um formato vetusto como o Livro contra as luzes, cores, formas e animações do ecrã de um Computador?

Ainda que não tenha qualquer dúvida que os jogos de vídeo são a minha principal área de interesse, a qual tenho defendido e apoiado sempre, é curioso constatar que nos últimos meses encontrei forma de os conciliar com a leitura, prazer que eventualmente descobri ao meu próprio ritmo. Existe todo um universo de publicações sérias e indispensáveis sobre o tema que, por falta de traduções e edições no nosso país, apenas conseguem ser encontradas no mercado inglês e norte-americano - ou até no mercado francês e, obviamente, japonês.

Se, inicialmente, eram os jogos de vídeo e a informática que me distraíam da generosa colecção de livros que tinha em casa, agora encontro um balanço perfeito entre ambas as actividades, ao mesmo tempo que descubro um novo manancial de informações que de outra forma seriam inacessíveis. Por essa razão decidi partilhar as minhas experiências com alguns dos livros que já li e que se encontram na secção BEYOND do Coregamers, uma zona que pretendo expandir no futuro até criar um guia compreensivo dos livros de referência sobre o tema.

Hoje mesmo recolhi (mais) duas relíquias numa banca de livros de um supermercado: 'Como Vencer No Nintendo', um livro com soluções e cheats de jogos NES e um 'Aventuras Com O Atari', um livro inteiramente dedicado aos jogos de aventura dos sistemas Atari. Dois sólidos testemunhos, surpreendentemente traduzidos para português, de uma excelente época de videogaming.

1 comment:

Anonymous said...

Só é pena que a literatura sobre videojogos não seja muito abundante, mesmo no mercado internacional. Para além dos guias específicos para determinados videojogos, a história e até mesmo a reflexão sobre este fenómeno ainda está muito negligenciada. E
é certamente uma lacuna que deve ser preenchida, até porque o videojogos são cada vez mais parte da vida de todos. Mesmo daqueles que nunca pegaram num control pad têm irmãos, filhos, sobrinhos que jogam com regularidade, o que justificaria uma análise sociológica séria desta realidade, bem para além das habituais e repetitivas discussões sobre a violência nos jogos.